Sistema de IA da Bosch monitora motorista e passageiros para aumentar a segurança no transporte veicular

A aplicação mais comentada de inteligência artificial nos veículos automotivos são os carros autônomos, mas enquanto essa solução ainda segue em fase de teste, algumas empresas estão empenhadas em disponibilizar sistemas de utilidade mais imediata. Um exemplo é um sistema de monitoramento interior que está sendo desenvolvido pela Bosch. A inteligência artificial da empresa usa câmeras instaladas no volante e nos espelhos retrovisores para monitorar o motorista e os passageiros, e tomar ações baseadas no que ocorre dentro do veículo, de forma a reduzir os episódios de acidente.

Sistemas desenvolvidos anteriormente já são capazes de detectar se o motorista está distraído, mas o novo sistema conseguirá determinar com exatidão, usando tecnologia de reconhecimento facial, o estado dos ocupantes do veículo. Será possível, por exemplo, identificar se o motorista está sonolento, ou se está distraído com o celular, ou se está olhando para trás. Assim, o veículo poderá acionar um alerta específico para a ocasião. Em situações extremas, o veículo poderá reduzir a velocidade ou até estacionar em um local seguro. Os engenheiros da empresa usaram vídeos reais de motoristas para treinar o sistema a reconhecer sinais de distração ou cansaço, como através da posição das pálpebras e da taxa de piscadas.

Em relação aos passageiros, o sistema poderá, por exemplo, alertar sobre o uso do cinto de segurança, ou reconhecer que há uma criança no banco traseiro e avisar o motorista, enviando um alerta para seu smartphone, caso ele deixe o veículo sozinho. Alguns mecanismos de segurança do veículo, como o ajuste dos air bags, poderão ser realizados automaticamente uma vez que seja detectada a posição dos passageiros.

A Bosch espera que veículos equipados com seu sistema estejam disponíveis no mercado a partir de 2022, ano em que todos os veículos europeus novos serão obrigados por lei a alertar os motoristas em caso de sonolência ou distração. A Comissão Europeia estima que esta medida salve 25.000 vidas e evite 140.000 danos graves até 2038.

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